terça-feira, 1 de junho de 2010

Com fim da isenção do IPI, banco vê produção industrial 1,5% menor em abril

O Banco Santander prevê queda de 1,5% na produção industrial do País em abril, em comparação com o mês anterior - já na comparação anual, a projeção é de alta de 15,9%. Para maio, a previsão é de avanço de 0,8%, crescimento menor do que o verificado nos três primeiros meses do ano (de 1,3%, 1,5% e 2,8% mês a mês, nesta ordem). A principal justificativa é o fim do incentivo fiscal para automóveis.

Com o fim da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a indústria automobilística adiantou sua produção, o que gerou estoques excedentes no final de março. Em um ajuste desses estoques, a produção automobilística caiu 2,5% em abril, comparada a março.

Para o banco, indicadores de outros setores também sugerem a acomodação da produção industrial. Segundo a analista Luiza Rodrigues, a queda de 1,9% na expedição de papel ondulado - usado para embalar bens semi e não duráveis - pode indicar recuo na fabricação de tais produtos. A produção de alumínio também apresentou leve retração (de 0,34% na comparação mensal), segundo a ABAL (Associação Brasileira de Alumínio). "Com exceção da produção petrolífera, a produção industrial parece ter diminuído seu ritmo de crescimento, ao menos temporariamente", afirma Rodrigues.

No comércio varejista, as vendas aparentemente se acomodaram em um nível elevado. Segundo dados da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) dessazonalizados pelo Santander, as vendas de supermercado recuaram 4,2% em abril, na comparação com março.

Mesmo com uma taxa de crescimento menor, o Santander ainda projeta que a produção industrial avance 1,5% do primeiro para o segundo trimestre. No ano, a expectativa do banco é de alta de 13,6% no indicador.

Fonte: Infomoney.

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