A Corregedoria-Geral da Receita Federal investiga cinco acessos suspeitos de violação dos dados fiscais do Imposto de Renda do vice-presidente executivo do PSDB, Eduardo Jorge Caldas. As conclusões da apuração serão conhecidas no fim de outubro, quando vence o prazo legal de 120 dias para o órgão concluir as investigações.
As informações foram prestadas pelo secretário do órgão, Otacílio Cartaxo, em audiência ontem na Comissão de Fiscalização e Justiça (CCJ) do Senado.
O secretário da Receita Federal disse ter conhecimento dos nomes dos servidores que tiveram acesso às informações do Imposto de Renda do tucano, as máquinas usadas, o dia e a hora em que os acessos foram feitos, mas que não poderia revelar as informações sob pena de prejudicar as investigações e abrir precedente para que as conclusões da Corregedoria sejam questionadas pelo Poder Judiciário.
Presente à audiência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Eduardo Jorge cobrou celeridade das apurações por considerar que um suposto dossiê estaria sendo elaborado com fins eleitoreiros. Por isso, argumentou ele, as investigações deveriam ser encerradas antes do primeiro turno das eleições. "Vou dar um voto de confiança à Corregedoria-Geral da Receita. Mas não espero muita coisa e nem que os responsáveis sejam identificados a tempo", afirmou o vice-presidente do PSDB.
Nas quase três horas de audiência, o secretário fez a defesa do sistema de informações da Receita Federal dizendo ter ficado tranquilizado quando se constatou, nas investigações preliminares, que a invasão ao banco de dados não foi feita por hackers. Ele também defendeu o corpo técnico do órgão. "Os acessos não são permitidos a todos os analistas e auditores. É ilusão pensar que qualquer analista pode acessar o banco de dados e bisbilhotar os dados fiscais. Essa é uma visão equivocada", frisou Otacílio Cartaxo .
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento de convocação de Otacílio Cartaxo, criticou a quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge e também o vazamento de dados fiscais da empresa de cosméticos Natura, cujo presidente, Guilherme Leal, é vice da candidata do PV, Marina Silva, na disputa pela Presidência da República.
O senador tucano voltou a dizer que a quebra do sigilo teria a finalidade de montar dossiês para serem expostos durante o período eleitoral. Álvaro Dias também citou o nome de Washington Afonso Rodrigues, servidor da Receita Federal acusado por ele de ser o responsável por 30 mil acessos nos quais teriam sido violados dados fiscais de 13 mil pessoas, entre políticos, magistrados, juízes e jornalistas.
O banco de dados do fisco federal possui informações de 150 milhões de declarações do Imposto de Renda.
Fonte: Valor Econômico.
As informações foram prestadas pelo secretário do órgão, Otacílio Cartaxo, em audiência ontem na Comissão de Fiscalização e Justiça (CCJ) do Senado.
O secretário da Receita Federal disse ter conhecimento dos nomes dos servidores que tiveram acesso às informações do Imposto de Renda do tucano, as máquinas usadas, o dia e a hora em que os acessos foram feitos, mas que não poderia revelar as informações sob pena de prejudicar as investigações e abrir precedente para que as conclusões da Corregedoria sejam questionadas pelo Poder Judiciário.
Presente à audiência da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Eduardo Jorge cobrou celeridade das apurações por considerar que um suposto dossiê estaria sendo elaborado com fins eleitoreiros. Por isso, argumentou ele, as investigações deveriam ser encerradas antes do primeiro turno das eleições. "Vou dar um voto de confiança à Corregedoria-Geral da Receita. Mas não espero muita coisa e nem que os responsáveis sejam identificados a tempo", afirmou o vice-presidente do PSDB.
Nas quase três horas de audiência, o secretário fez a defesa do sistema de informações da Receita Federal dizendo ter ficado tranquilizado quando se constatou, nas investigações preliminares, que a invasão ao banco de dados não foi feita por hackers. Ele também defendeu o corpo técnico do órgão. "Os acessos não são permitidos a todos os analistas e auditores. É ilusão pensar que qualquer analista pode acessar o banco de dados e bisbilhotar os dados fiscais. Essa é uma visão equivocada", frisou Otacílio Cartaxo .
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), autor do requerimento de convocação de Otacílio Cartaxo, criticou a quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge e também o vazamento de dados fiscais da empresa de cosméticos Natura, cujo presidente, Guilherme Leal, é vice da candidata do PV, Marina Silva, na disputa pela Presidência da República.
O senador tucano voltou a dizer que a quebra do sigilo teria a finalidade de montar dossiês para serem expostos durante o período eleitoral. Álvaro Dias também citou o nome de Washington Afonso Rodrigues, servidor da Receita Federal acusado por ele de ser o responsável por 30 mil acessos nos quais teriam sido violados dados fiscais de 13 mil pessoas, entre políticos, magistrados, juízes e jornalistas.
O banco de dados do fisco federal possui informações de 150 milhões de declarações do Imposto de Renda.
Fonte: Valor Econômico.
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